Mãe por adoção: “Foi a coisa mais sensacional que eu fiz”

 人参与 | 时间:2024-04-28 06:49:50

Para as mulheres que escolhem ser mães,ãeporadoçã as possibilidades da maternidade são diversas, não importa a idade ou o estado civil. A adoção é um caminho possível e muito bonito de se tornar mãe.

A professora Regina Helena foi mãe aos 54 anos. Ela e sua esposa foram o primeiro casal lésbico de Minas Gerais a se candidatar como uma família para a adoção. Após 11 anos da chegada dos filhos, a pesquisadora afirma que ser mãe foi o maior feito de sua vida.

“Foi a coisa mais sensacional que eu fiz. E eu fiz muitas coisas sensacionais, mas é o que me faltava, e não é aquela coisa boba de ‘ser mãe complementa a mulher’. Não é nada disso. É um desejo conquistado, e é um amor que eu nunca tinha vivido”, conta sorridente.

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A opinião é compartilhada pela pediatra e professora Aline Almeida Bentes. A médica sempre sonhou com a maternidade e aguarda ansiosa pela chegada das suas crianças. Há quatro anos, ela se candidatou para adoção como mãe solo.

“Ser mãe é difícil. É algo que tem que querer muito. Porque é uma responsabilidade enorme, tem muitas questões envolvidas, tem que abrir mão de muita coisa. Então, a maternidade tem que nascer de uma vontade muito verdadeira”, explica.

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Preparação para a chegada dos filhos

Quem deseja entrar com um pedido de adoção de crianças ou adolescentes deve entrar com um pedido no site do Tribunal de Justiça ou na Vara de Família. A pessoa deve atender a alguns requisitos, como ser maior de idade, ter uma diferença mínima de 16 anos para a faixa etária desejada na adoção, comprovar renda, residência, boa saúde mental e física. Não é exigido estado civil específico.

Após a candidatura, os interessados passam por um curso preparatório e acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos.

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Prazo de espera

Muito se questiona sobre o longo prazo de espera até que saia a guarda dos filhos. Um dos fatos que explicam a demora é o perfil desejado pelos pretendentes. A maioria dos candidatos aguarda por bebês ou crianças na primeira infância, o que é raro, já que 92% das crianças disponíveis para adoção têm mais de 7 anos. Além disso, irmãos que são colocados para a adoção não podem ser separados. E geralmente os candidatos também desejam apenas uma criança.

A assistente social Kenya Carvalho, integrante do Grupo de Apoio à Adoção e Convivência Familiar de Belo Horizonte (GAABH), reforça que, como se trata da guarda e segurança de um menor de idade, o processo precisa ter seu rito preservado.

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"A gente está falando de vidas de crianças. Então eu preciso conhecer, saber quem é, entender a motivação para poder colocar a criança em uma família que seja segura e para sempre”, explica.

Alguns mecanismos têm otimizado o processo de adoção no Brasil, como a “Busca ativa”, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No programa, o CNJ procura entre as pessoas habilitadas quem se disponham a adotar filhos com perfis distintos ao inicialmente indicado, e aproxima as crianças dos candidatos.

Não ser mãe também é um direito

A entrega voluntária e legal de bebês para a adoção é garantida pela Justiça às mulheres que engravidaram e, por diversos motivos, não querem ser mães.

Recentemente, o CNJ publicou uma normativa reforçando que o processo deve ser realizado de forma humanizada, de modo que garanta os direitos fundamentais da criança e da mulher. Mais informações podem ser encontradas no site cnj.jus.br.

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Larissa Costa